Ficar em casa é uma tentação – o silêncio e a umidade da varanda, o ar bucólico que respiro ao curtir a rede, o som no ipod, e as páginas de um livro. E claro, um café passado na hora completa essa minha Arcádia.
Um dia desses, com uma revista de bons fluidos nas mãos, várias idéias brotaram. Absurdas, de imediato. Analogias entre o tarô e a arquitetura, que vão da planta da casa até o alicerce, dos tijolos até a pintura. Uma amistosa articulação dos naipes.
Nos Maiores, é nítida a ligação entre O Mago e o arquiteto.
Riscos, rabiscos, colocações necessárias e outras não, além dos vários palpites que vão pro papel. Muito depende do gosto do cliente, o casal arcano Imperador e Imperatriz. Sem ela não há vida na obra, o feeling dos cômodos e o futuro aconchego da morada. O Imperador constrói. Arrisca-se como mestre de obras, o engenheiro que supervisiona o empreendimento.
Claro, A SACERDOTISA, a primeira figura feminina, tem papel importante também. Atua na decoração, no combinar das paredes e dos tecidos que serão utilizados. Cortinas e adornos – pilares, por exemplo – que dependem de estudo e intuição para a perfeita colocação. Sem os dois, nada flui.
A magia de morar passa pela sexta lâmina, O Enamorado – escolhas, indecisões, opinião de terceiros, referências. Não dá pra curtir um espaço sem os sentimentos, que dão acesso direto ao patamar de Copas. Viver a casa difere (e muito) de apenas morar dentro dela. É sentir o perfume familiar assim que se chega da rua, perceber aquele algo mais impregnado a cada batente. Ah, as lembranças.
Fontes derivam do Ás de Copas, no prazer de fluir com o som da água. Relaxante, inspirador e romântico para muitos, já que também fazem alusão às estátuas úmidas e lodosas. Aqui cabe a Estrela.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2_lJi9anQFkn37jI-04Hy7CyMo6l3MQXLM0cQXFXwDj7ft3NpY_WpK30ZIyVVazpqJzBJ_q2H0YJMcfA_41wWYRhtbmKedmMRqBpYLjTrXw_wp8OlSaaYlWHA2lZ1lZsWz6OfsQ/s320/as+copas.jpg)
O dois deixa explícito o amor pela estrutura, a relação apaixonada, o típico desejo de estarem a sós. Dois, em qualquer cômodo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR1PF4z3DMgqC6nW8G2qfY9hT4LNNptW_Whxi9B0jAD2m9NHLSWj6_b3twzjlqXaTUnHRFpReHCFiEfeOW71gF8VImL5Po_BM1YFPg-O9vnVN-tEEx09t1-EdeVjwEa5gKe9YP7Q/s320/2copas.jpg)
Quando deixo de sair, sinto os detalhes – plantas, cadeiras, rede, sofás, gramado, canteiros e bancos. Sempre que posso, driblo programas nada atraentes que solicitam minha presença só pra curtir o entorno. As paredes do refúgio sustentam minha preguiça e me dá inspiração para agregar conhecidos, parentes e paixões. Seriam os tais guás do Feng Shui? Esta é a área dos Amigos, com certeza.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDIAQ36Rm7yjt7Bmuh5kJHQETyVVoqPvs9jpMP14Ci1wHomouzXSOJ2uIXLwrg32CA0lhNSlm4LaOd-L79ZtKSYrkXZ3zIXEJbvEztJikbtaZq3maa6giMZ4r2TBbd0lWEtVrd6A/s320/UW3Cups.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJVZlPy9VmozJQhHM1PZYt2fWWl3nDC7jQqXE1UOyNHnO0VofTSO-5tiWG5SJotBnHQPmdeh-IzkV2Ln_n2GCa85DF6x4KBGDFBhPcmIg0uVCAncei2oTSjEYG56VM4slfdSsH8A/s320/3copas.jpg)
“Um verdadeiro lar se constrói sem pressa”, ouvi dizer. Justo. Perde-se a conta das tantas vezes que o alicerce e as primeiras paredes são visitadas. Planos e novas idéias que brotam só de olhar pro chão. A promessa do aconchego.
Fontes derivam do Ás de Copas, no prazer de fluir com o som da água. Relaxante, inspirador e romântico para muitos, já que também fazem alusão às estátuas úmidas e lodosas. Aqui cabe a Estrela.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW4kXaxvnvUEgs7kGW8r8uD1HB2Ghi9s1A-JiwRpqCYie2U-ks0muWeiqHOp1PJjDU0p9pppHTfoDlgIvSK4co3yDFX_Ym4p4tN2LObxIf-mH0K8edNYiereAQVBHCyP6MGfJDfA/s320/50_Minor_Cups_Ace.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2_lJi9anQFkn37jI-04Hy7CyMo6l3MQXLM0cQXFXwDj7ft3NpY_WpK30ZIyVVazpqJzBJ_q2H0YJMcfA_41wWYRhtbmKedmMRqBpYLjTrXw_wp8OlSaaYlWHA2lZ1lZsWz6OfsQ/s320/as+copas.jpg)
O dois deixa explícito o amor pela estrutura, a relação apaixonada, o típico desejo de estarem a sós. Dois, em qualquer cômodo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL5EPAJ3Rpd9BzJK11Jdr1Ls0epz-43TQgTuwvqVh0-E8YI98LjXRhFUMFytdGG6_IxIdSB7nV33q1WoY_k5t_EXTHuw51ewy9kYDAqUp8wP3Y1Td6H45gyOW97NscPImQj9D66Q/s320/cu02.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR1PF4z3DMgqC6nW8G2qfY9hT4LNNptW_Whxi9B0jAD2m9NHLSWj6_b3twzjlqXaTUnHRFpReHCFiEfeOW71gF8VImL5Po_BM1YFPg-O9vnVN-tEEx09t1-EdeVjwEa5gKe9YP7Q/s320/2copas.jpg)
Quando deixo de sair, sinto os detalhes – plantas, cadeiras, rede, sofás, gramado, canteiros e bancos. Sempre que posso, driblo programas nada atraentes que solicitam minha presença só pra curtir o entorno. As paredes do refúgio sustentam minha preguiça e me dá inspiração para agregar conhecidos, parentes e paixões. Seriam os tais guás do Feng Shui? Esta é a área dos Amigos, com certeza.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDIAQ36Rm7yjt7Bmuh5kJHQETyVVoqPvs9jpMP14Ci1wHomouzXSOJ2uIXLwrg32CA0lhNSlm4LaOd-L79ZtKSYrkXZ3zIXEJbvEztJikbtaZq3maa6giMZ4r2TBbd0lWEtVrd6A/s320/UW3Cups.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJVZlPy9VmozJQhHM1PZYt2fWWl3nDC7jQqXE1UOyNHnO0VofTSO-5tiWG5SJotBnHQPmdeh-IzkV2Ln_n2GCa85DF6x4KBGDFBhPcmIg0uVCAncei2oTSjEYG56VM4slfdSsH8A/s320/3copas.jpg)
“Um verdadeiro lar se constrói sem pressa”, ouvi dizer. Justo. Perde-se a conta das tantas vezes que o alicerce e as primeiras paredes são visitadas. Planos e novas idéias que brotam só de olhar pro chão. A promessa do aconchego.
Bases do 4 de Ouros.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifBO96ubwtbBNfvg5hmOKW5bQZeXiWpnhz2bZbOgukGnvSje2Xj0y-hjqQnYUMQosCaFHpoM5sqAb14sXb-t-SMtVhWAHjfcOf8ohViSc8MFY2YjYpQWLoaqF2canf6en2oUDptg/s320/25_Minor_Discs_04.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKacl3vB7WyIFUTOdVJmlGTiwtaFY8QaVa5CvFXwmhSJGm1gl_HXA-Wf9dW-y3un24fXjFm3Gx01ynWTBomicuTkCRnHQyKaKV-BwLbR_UfpBLD3HZnQTMv6qunE3f3Z1QZhzECw/s320/4+ouros.jpg)
Outra parte importante é a limpeza, claro. Às vezes dando espaço ao novo, o passado caindo por terra e todo aquele papo de alquimia interior: terreno limpo é oportunidade, um sinônimo para liberdade.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifBO96ubwtbBNfvg5hmOKW5bQZeXiWpnhz2bZbOgukGnvSje2Xj0y-hjqQnYUMQosCaFHpoM5sqAb14sXb-t-SMtVhWAHjfcOf8ohViSc8MFY2YjYpQWLoaqF2canf6en2oUDptg/s320/25_Minor_Discs_04.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKacl3vB7WyIFUTOdVJmlGTiwtaFY8QaVa5CvFXwmhSJGm1gl_HXA-Wf9dW-y3un24fXjFm3Gx01ynWTBomicuTkCRnHQyKaKV-BwLbR_UfpBLD3HZnQTMv6qunE3f3Z1QZhzECw/s320/4+ouros.jpg)
Outra parte importante é a limpeza, claro. Às vezes dando espaço ao novo, o passado caindo por terra e todo aquele papo de alquimia interior: terreno limpo é oportunidade, um sinônimo para liberdade.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFEkLKyWVg4yCZ33WSlhE2YNNSc2KmxRRPUwABcFgXLUm5N348SzvT5Ae7Py5NBv3U50mE5YYTkHYBKbIy_VReY7njqtJz4GriIRBoC_Ue1XRFhEIeBsDOg0Py9HuGojXDS5pcfw/s320/Minor_Wands_10.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgisdK4iXDeCAKLwnVZ-pbZH9T-0opTXvV4E60nC3JM1dcWb60YHmz_EbUTKAUeePRV7fr4YQCwr6bJi2EpGSwsgs_rzsk-hC2Ailc96ZCojApe_XykpB5LV5gC2JMqymk7lmUGdQ/s320/10wands.jpg)
Móveis, tintas, cores. Acomodar cada objeto, pensar em diferentes possibilidades – há, então, uma pontada de Espadas. É bom saber combinar. Não só aludindo à Temperança (que também se encontra na cozinha), mas como numa leitura de cartas: a beleza das estampas sugerindo diferentes presságios. Auspiciosa comparação.
Por vezes a Justiça traduz-se em um ambiente mais clean – o tal Minimalismo que já foi e ainda é moda entre os sensatos – com poucos móveis e mais espaço livre. O justo e o necessário que contribuem para o equilíbrio da morada e do espírito. Na cozinha, Copas e Ouros se misturam. Aqui sim o anjo das ânforas comanda, como na pintura barroca.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi15Aa7CsRV4G0Ze8uAXX3js2nA_eswy0ikpj4cgbHCUUreM4wI50B7H_5UCqChz_96ICtQC8yiMtbO-WcfJYRbRp40nz1ZsVoAlGjxDwEF2XceP1GRh2v-Nhsl_V9OBfMbiuxIWw/s320/temperance.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0Xif0ZWQBXZeiBhfyfudBMrUeQ-iuW3a2urdvik3VsdTdR0lyyk3fJ-seS5Ydi_hyphenhypheneZ4zr0E4f-Vb8FQy4Ek2q7icWoFXh62jGdzmDFrzUu7yVUQhw_snz9ezDERmn9pjPPB47A/s320/cooker.jpeg)
A vida fica mais gostosa com a comida caseira. Não que o fast-food da correria seja ruim, mas utilizar a cozinha evita a monotonia e faz vibrar a energia da casa, sem jamais se comparar ao ritual dos elementos, às panelas próximas borbulhando, ao vapor e à mesa posta. Moderadas combinações. Há quem diga que cozinhar dá trabalho. Deve dar, mas se for com vontade, não cansa muito e nem faz tanta sujeira. O que vale é a intenção, como nas vezes que alguém decide dar uma geral no jardim.
A manutenção não se resume aos móveis internos, mas também aos vasos, à poda dos arbustos e mesmo ao barulho infernal do cortador de grama. Há ainda sentimentos e lembranças de infância, como descobrir o contato com a terra. Ouros vem aí.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqboTNFO0q9TSNZW3uqvLFxBv3Z0D6efUHqZuQr_tr4cB7htWfpHtpdWsc-aEAe9MVGL77LQ_Dof5ZYPhHNjlQn2E81mTiT9V9JhYQtwHio-CeoRPQAltgLjk5dfiXRRWJIwie4A/s320/6copas.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR-VXnsSi7yAzeMELQU3CjqE-s88qwuEIhzvJ0_Nl1cM7YYEogZPMJCRomNFuW2vFrfrZtqFrzu4ByleoyoeKpTrASs-52-EkcAQtJzihosXFpm5ZrFfzeZTZkVOg2QCewqhP32w/s320/6+copas+gardening.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqboTNFO0q9TSNZW3uqvLFxBv3Z0D6efUHqZuQr_tr4cB7htWfpHtpdWsc-aEAe9MVGL77LQ_Dof5ZYPhHNjlQn2E81mTiT9V9JhYQtwHio-CeoRPQAltgLjk5dfiXRRWJIwie4A/s320/6copas.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR-VXnsSi7yAzeMELQU3CjqE-s88qwuEIhzvJ0_Nl1cM7YYEogZPMJCRomNFuW2vFrfrZtqFrzu4ByleoyoeKpTrASs-52-EkcAQtJzihosXFpm5ZrFfzeZTZkVOg2QCewqhP32w/s320/6+copas+gardening.jpg)
O naipe de terra evoca paisagens, plantações, fachadas. Reuniões.
Ele exige a projeção das sensações em toda a estrutura, caso contrário ela fica dura, sem vida. Não cumpre a função de “lar, doce lar”. É a posse da propriedade, como no quarto arcano prenunciado pelas fundações, mas antes o coração da família. Copas, ainda.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYqs4hdmS89Y48tcxEG6Lk4N7IB3BY4WozRHA3Lf-o1DQBEoIqqW5Kka2DR159dO_dTVqf_U-zpgMxB4OqFFAJ4itVUJEcDneReeWWgdTRapms9ndSgPlyUnt-XTKYKEFQp3XBIg/s320/family+house+10cups.jpg)
É também nítido o conceito artesanal que as cartas proporcionam – a confecção, a customização, o ateliê em casa, os deveres domésticos – que exige os detalhes e a criatividade, naturais dos naipes de Copas e de Espadas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCUtLByTzMrclTTUBfbsuav2V3Bb9dHtHqhDevOOTv1yQq_ImbIQukUknJ0w9zsqXtJ_Eu2CcJjyUHMBF1i0Kj_QjKw1l-oLq96DpE7JCp45BJ1buiVOtx0fJGdXAdiOiIYXYLNA/s320/eva_ceramics24.jpg)
Mas que fique claro: nada dentro de uma casa funciona se não houver presença de espírito fluindo a cada porta e corredor. É característica de Paus a energia do ambiente, o fogo que aquece os corações e as relações de moradores e hóspedes. Em cada cantinho um tipo de lembrança, as conversas de outros anos e a paisagem que transmite bem-estar, como um terraço. Só é melhor se for de frente pro mar, com a vista do Pão-de-Açúcar.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDeilXJ5tu0CJ3Hxzg4bbuYCiOlmmX87WMbGf5l4i1CspzwncvAgoqRRrz3N1W2O_gBW7_kCPpzJlDwHlsOXHnOi8E7-g522DslsmMaFjX3wjV-vVfqY2nMxPHQrfNoftQNcnxfQ/s320/2paus.jpg)
Posses. O senhor das Moedas se alegra com posses. Já foi falado sobre a manutenção – sem dinheiro, sem casa. Por isso ele controla tudo de bom grado. É generoso. O “paizão” do naipe telúrico tem os pés no chão (ou esticados numa confortável espreguiçadeira), e não consegue deixar os investimentos em segundo plano. Inquilino, mas antes dono. O proprietário. Rei.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXsVbLhOqIpgyRGMGj9RTuebJlO_JIsosRhmHmsZ6snw19fUJ_XSr426JeV3oVlXTodAOd1P89KGXvCYMp8rbvb4BtZmcxTFk9xujTVf6LMhmJvf2BYwupVjKYKtp_4SpLSCKPjA/s320/reiouros.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDOA4YvNmZXiUQrpHXAQW8tAJHElntNAJPipCIFLaOqcSy1Db4V4gROsUHVOFVPHVFOJg-ljwAyKk2Ils7er5ZQkiOIdPja3qJztBzunKYrinTNSmFF1IPlWXP79BrPkWL5VpBKw/s320/rei+ouros.bmp)
Já a esposa permanece nos fundos. Água de Terra, a Rainha é lama, a que deixa os filhos se sujarem –“por que se sujar faz bem”, já diz anúncio. Nada como curtir a varanda ou a estufa. Amor de Mãe (-Terra), que cuida e mantém a beleza do verde.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbC_Y4bZZva0EaiZ1OuH9i1sawPcRJ8xlmuUsB6UjlQg4JQwK-JyKROp7pmZqdiAfpZF9ZYSC42cRDjRa5sQfi5Aibw3gnU58DKKiLxcsR7rSMs0LrmqnKSGM1-ujPiUGYL4NVmg/s320/rainhaouros.jpg)
A construção e a harmonização dos ambientes nascem da observação da natureza, claro. Assim como os chineses da Escola da Forma, o entendimento do tarô também é uma questão de visão – das cartas, das pessoas, das casas. Imaginação e flexibilidade, pura sintonia com a geografia do imaginário, a cenografia do cotidiano sempre mudando. Construindo conceitos e ampliando resultados, um trabalho que não cabe a quem já caiu da Torre, por exemplo - aquele arquiteto eu dispenso. Enquanto lhes escrevo, tomo café na minha rede, perto das heras. Ah, e vejo que cai uma folha bem próxima à cara do Louco.
Ele exige a projeção das sensações em toda a estrutura, caso contrário ela fica dura, sem vida. Não cumpre a função de “lar, doce lar”. É a posse da propriedade, como no quarto arcano prenunciado pelas fundações, mas antes o coração da família. Copas, ainda.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHXntxlQRyCZsmh8_vPUQQoCQYa08jFN_QdHdMb9d2KDIXV6Zo3TxkRPbW8lmjfur2OdUvUCvWTxeRwpZuiEDjaVAj-s_JSQ9dxr8mvLkJbDuZG-4RXJtlMPEbYNVC3DIvdpQDCw/s320/Minor_Cups_10.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYqs4hdmS89Y48tcxEG6Lk4N7IB3BY4WozRHA3Lf-o1DQBEoIqqW5Kka2DR159dO_dTVqf_U-zpgMxB4OqFFAJ4itVUJEcDneReeWWgdTRapms9ndSgPlyUnt-XTKYKEFQp3XBIg/s320/family+house+10cups.jpg)
É também nítido o conceito artesanal que as cartas proporcionam – a confecção, a customização, o ateliê em casa, os deveres domésticos – que exige os detalhes e a criatividade, naturais dos naipes de Copas e de Espadas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0qj8hB7f_Ad5Y2YVXb0DKzg8ETCkKbHsOrUcPLtK6-j-AkEiOnN1YM0o2xHfBVpTAlvHjRSLD7vjlCrR59eeuqCLID-xBNjySsAulmxfZQedH4f29NfTMmujsgNnsEQ9AnxdC1g/s320/29_Minor_Discs_08.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCUtLByTzMrclTTUBfbsuav2V3Bb9dHtHqhDevOOTv1yQq_ImbIQukUknJ0w9zsqXtJ_Eu2CcJjyUHMBF1i0Kj_QjKw1l-oLq96DpE7JCp45BJ1buiVOtx0fJGdXAdiOiIYXYLNA/s320/eva_ceramics24.jpg)
Mas que fique claro: nada dentro de uma casa funciona se não houver presença de espírito fluindo a cada porta e corredor. É característica de Paus a energia do ambiente, o fogo que aquece os corações e as relações de moradores e hóspedes. Em cada cantinho um tipo de lembrança, as conversas de outros anos e a paisagem que transmite bem-estar, como um terraço. Só é melhor se for de frente pro mar, com a vista do Pão-de-Açúcar.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaFw6OxgHR4ohNMgh7zTzEaHGmQJvZYhuQnfgELlmEwyYWEQyxbVs2rcnsczrIdxjxUkdzpIZuMHhMWcZERYMXn2I9GNThTtihb8n8kpVkbZ1TVJz_K7GsG8_Hlcthl9acBAAFVg/s320/2dpaus.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDeilXJ5tu0CJ3Hxzg4bbuYCiOlmmX87WMbGf5l4i1CspzwncvAgoqRRrz3N1W2O_gBW7_kCPpzJlDwHlsOXHnOi8E7-g522DslsmMaFjX3wjV-vVfqY2nMxPHQrfNoftQNcnxfQ/s320/2paus.jpg)
Posses. O senhor das Moedas se alegra com posses. Já foi falado sobre a manutenção – sem dinheiro, sem casa. Por isso ele controla tudo de bom grado. É generoso. O “paizão” do naipe telúrico tem os pés no chão (ou esticados numa confortável espreguiçadeira), e não consegue deixar os investimentos em segundo plano. Inquilino, mas antes dono. O proprietário. Rei.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXsVbLhOqIpgyRGMGj9RTuebJlO_JIsosRhmHmsZ6snw19fUJ_XSr426JeV3oVlXTodAOd1P89KGXvCYMp8rbvb4BtZmcxTFk9xujTVf6LMhmJvf2BYwupVjKYKtp_4SpLSCKPjA/s320/reiouros.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDOA4YvNmZXiUQrpHXAQW8tAJHElntNAJPipCIFLaOqcSy1Db4V4gROsUHVOFVPHVFOJg-ljwAyKk2Ils7er5ZQkiOIdPja3qJztBzunKYrinTNSmFF1IPlWXP79BrPkWL5VpBKw/s320/rei+ouros.bmp)
Já a esposa permanece nos fundos. Água de Terra, a Rainha é lama, a que deixa os filhos se sujarem –“por que se sujar faz bem”, já diz anúncio. Nada como curtir a varanda ou a estufa. Amor de Mãe (-Terra), que cuida e mantém a beleza do verde.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoZJNkgvu-X4fEFXGW6bDH5L6k36ZB1ytSkuyIouhtjutDbJxyOA8c3TthTpk3xMfS6qmWYOrdrHBT2yoonI4X0AwR4OtTL2BY3Gu508ETUznBhKw3Q2Xrw4VBZLxuTKMqA8Gl-w/s320/rainhaoouros.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbC_Y4bZZva0EaiZ1OuH9i1sawPcRJ8xlmuUsB6UjlQg4JQwK-JyKROp7pmZqdiAfpZF9ZYSC42cRDjRa5sQfi5Aibw3gnU58DKKiLxcsR7rSMs0LrmqnKSGM1-ujPiUGYL4NVmg/s320/rainhaouros.jpg)
A construção e a harmonização dos ambientes nascem da observação da natureza, claro. Assim como os chineses da Escola da Forma, o entendimento do tarô também é uma questão de visão – das cartas, das pessoas, das casas. Imaginação e flexibilidade, pura sintonia com a geografia do imaginário, a cenografia do cotidiano sempre mudando. Construindo conceitos e ampliando resultados, um trabalho que não cabe a quem já caiu da Torre, por exemplo - aquele arquiteto eu dispenso. Enquanto lhes escrevo, tomo café na minha rede, perto das heras. Ah, e vejo que cai uma folha bem próxima à cara do Louco.
Voltem sempre. Vocês já são de casa.
L.
FONTES VISUAIS:
Google Imagens
Taroteca
4 comentários:
Zek! Perfect, maravilhoso! O blog está lindo, e o último post memorável. Duca, gato, vc é ótimo!
Rapaz, esse texto está maravilhoso!!! Vou apresentá-lo na minha próxima aula pros meus alunos.
A relação dos naipes, dos arcanos maiores... tudo perfeito.
Do tijolo ao amor à casa, não faltou nada!
Vc é fera, Leozinho!
Primeiro, Parabéns pelo trabalho e depois, Obrigado por nos agraciar com ele!
Nota dez!
Excelente texto com uma visão muito interessante sobre o Tarot! Para quando uma vinda a Portugal? ;) Umas palestras aqui seriam muito benvindas.
Grande Abraço do staff da Akasha
Que lindoo blog..começei a estudar o tarot..e estou apaixonada com tantas informações...adorei as imagens...beijos luciana
Postar um comentário