ou Impressões de leituras de um tarólogo esboçadas num moleskine velho. ![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6y1nqDAR_AxvgqBA7bqbelyyB-FtLNsKcolFJAEcvli3rCKWkweojo_0_Hpd68Fqmj3ykg8uqmi7Uii9F-UjwO0AiMAYQ27_cWVro_izssCJsTuWKqHCLOp4M6Vm6T_wSLjLs/s400/papss.jpg)
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É preciso dar-se conta de que somos criaturas de imagens. Seres de figuras. As imagens nos informam, assim com as histórias. Elas são a matéria da qual somos feitos.
Se as narrativas existem no tempo, as imagens se constatam no espaço.
O tarólogo sabe que as imagens se apresentam à sua consciência por meio de uma moldura, que é sempre uma superfície exclusiva em o milagre da leitura acontece. Ler uma imagem é imbui-la de um caráter estritamente temporal que é o narrar.
Essas imagens exercitam o intelecto. É um caminho para a inteligência do mundo, ou seja, para uma concepção menos assustada da realidade e da fantasia, mas não menos encantada.
O passado e o futuro, então, é uma ampliado através das limitações da moldura, que é também o portão, o ponto de partida.
O compromisso com as imagens é o da interpretação. É ele que espelha a ética do leitor, a índole da sua função, o coração do caminho que o leitor escolheu trilhar com os olhos.