31 de janeiro de 2010
24 de janeiro de 2010
TARÔ E POESIA

PLANTIOS
planta em mim
dos pés
o peito de flores
guirlanda sobre este teu solo lírico
pomares contidos
cheiros teus, húmus humores
onde caiba a raiz
a percorrer o território inteiro
de heras e amores
a tua seiva-luz, geração
do mar do cultivo
de tempestades em folhas
alimento do amor
planta em mim
as ondas da Terra
ROSANE CARNEIRO
in Corpo Estranho, Editora da Palavra
Rio de Janeiro, 2009
in Corpo Estranho, Editora da Palavra
Rio de Janeiro, 2009
2 de janeiro de 2010
QUANDO A MULHER É O DIABO
15

(...) Mas eu não sei o motivo, não sei porquê ela fez isso comigo. Eu achava que ela me amava. Desde sempre. Mas quando começou a falar em filho, em trabalho melhor e em religião da terra, fiquei com medo. Muito medo. É isso que eu proporciono pra ela? Dinheiro, esperma, fé? Eu, hein. Fico aqui mesmo, deixa ela se foder do jeito que achar melhor. Sei que não tem outro na jogada, o lance é comigo. O problema sou eu. Mas ela é que é o inferno em pessoa. Colocava as botas, saia curtinha e vestido - tudo preto, tudo novo. Me dava um beijo de língua, me empurrava e falava pra fazer miojo na janta. Eu fazia. Esperava ela voltar enquanto o maço ia esvaziando. Nunca notei nada. Mas sei que a mulher é o diabo. E mais underground que a minha, impossível.
Leonardo Chioda
QUANDO A MULHER É O DIABO, conto inédito.
Imagem do blog Hail Satin!
encontrada no Kaliyuga Blues, blog do escritor Daniel Pelizzari.
28 de dezembro de 2009
PÍLULAS DA BEM-AVENTURANÇA
ou A Saga do Herói no Tarô

O herói é alguém que deu a própria vida por algo maior que ele mesmo.


Há dois tipos de proeza do/para o herói. Uma é a proeza física, em que ele pratica um ato de coragem, durante a batalha, ou salva uma vida. O outro tipo é a proeza espiritual, na qual o herói aprende a lidar com o nível superior da vida espiritual e retorna com uma mensagem. O herói evolui à medida que a cultura evolui. É o feito típico do herói - partida, realização, retorno.

Na Idade Média, uma imagem predileta, que ocorre em muitos, muitos contextos, é a da roda da fortuna. Existe o eixo da roda e existe a borda da roda. Por exemplo, se você estiver preso à borda da roda da fortuna, você estará ou acima, no caminho descendente, ou abaixo, no caminho ascendente. Mas se estiver no eixo, você estará no mesmo lugar o tempo todo, no centro. Este é o sentido do voto de casamento - eu a aceito na saúde ou nada doença, na riqueza ou na pobreza: no caminho ascendente ou no descendente. Se eu a tomo como o meu centro, minha esposa é a minha bem-aventurança, não a riqueza que possa trazer-me, não o prestígio social, mas ela, em si. Isso é que é perseguir a bem-aventurança. Estamos vivendo, o tempo todo, experiências que podem, ocasionalmente, conduzir a isso, uma breve intuição de onde está nossa bem-aventurança. Agarre-a. Ninguém pode dizer-lhe o que será. Você precisa aprender a reconhecer a sua própria profundidade.

Nossa vida desperta o nosso caráter. Você descobre mais a respeito de você mesmo à medida que vai em frente. Por isso é bom estar apto a se colocar em situações que despertem o mais elevado e não o mais baixo da sua natureza. Chamar alguém de herói ou monstro depende de onde se localiza o foco da sua consciência.
Joseph Campbell
O PODER DO MITO

O herói é alguém que deu a própria vida por algo maior que ele mesmo.


Há dois tipos de proeza do/para o herói. Uma é a proeza física, em que ele pratica um ato de coragem, durante a batalha, ou salva uma vida. O outro tipo é a proeza espiritual, na qual o herói aprende a lidar com o nível superior da vida espiritual e retorna com uma mensagem. O herói evolui à medida que a cultura evolui. É o feito típico do herói - partida, realização, retorno.

Na Idade Média, uma imagem predileta, que ocorre em muitos, muitos contextos, é a da roda da fortuna. Existe o eixo da roda e existe a borda da roda. Por exemplo, se você estiver preso à borda da roda da fortuna, você estará ou acima, no caminho descendente, ou abaixo, no caminho ascendente. Mas se estiver no eixo, você estará no mesmo lugar o tempo todo, no centro. Este é o sentido do voto de casamento - eu a aceito na saúde ou nada doença, na riqueza ou na pobreza: no caminho ascendente ou no descendente. Se eu a tomo como o meu centro, minha esposa é a minha bem-aventurança, não a riqueza que possa trazer-me, não o prestígio social, mas ela, em si. Isso é que é perseguir a bem-aventurança. Estamos vivendo, o tempo todo, experiências que podem, ocasionalmente, conduzir a isso, uma breve intuição de onde está nossa bem-aventurança. Agarre-a. Ninguém pode dizer-lhe o que será. Você precisa aprender a reconhecer a sua própria profundidade.

Nossa vida desperta o nosso caráter. Você descobre mais a respeito de você mesmo à medida que vai em frente. Por isso é bom estar apto a se colocar em situações que despertem o mais elevado e não o mais baixo da sua natureza. Chamar alguém de herói ou monstro depende de onde se localiza o foco da sua consciência.
Joseph Campbell
O PODER DO MITO
23 de dezembro de 2009
ARCANO INCONFIDÊNCIA

Estudo atribuído a Aleijadinho para a fachada da
Igreja de São Francisco de Assis.
ROMANCE XLVIII
OU DO JOGO DE CARTAS
Grandes jogos são jogados
entre a terra e o firmamento:
longas partidas sombrias,
por anos, meses e dias,
independentes do tempo...
Soldados e marinheiros,
camponeses e fidalgos,
ministros, gente da Igreja,
não há mais ninguém que esteja
fora dos vastos baralhos.
Batem as cartas na mesa,
na curva mesa da terra.
Partida sobre partida,
perde-se renome ou vida:
mas a perdição é certa.
Lá vêm corações em sangue,
lá vêm tenebrosos chuços:
defrontam-se ouros e espadas,
saltam coroas quebradas,
morrem culpados e justos.
Batem as cartas na mesa...
Cruzam-se naipes e pontos:
não se avista quem baralha
esta confusa batalha
de enigmas, quedas e assombros.
Grandes jogos são jogados.
E os silenciosos parceiros
não sabem, a cada lance,
que o jogo, fora de alcance,
pertence a dedos alheios.
Mesas de Queluz cobertas
de ouros, paus, espadas, copas...
(Minas, sangue, sofrimento... )
No baralho bate o vento
e o jogo segue outras voltas.
Cecília Meireles
Romanceiro da Inconfidência
4 de dezembro de 2009
1 de dezembro de 2009
PÉROLA DA PRUDÊNCIA

REI DE ESPADAS
Paulina Tarot
"Esteja sempre ao lado da razão e com tal firmeza de propósito que nem a paixão comum, nem a tirania o desviem dela. Poucos cultivam a integridade, muitos a louvam, mas poucos a visitam. Alguns a seguem até que a situação se torne perigosa. Em perigo, os falsos a renegam e políticos a simulam. A razão não teme contrariar a amizade, o poder e mesmo o seu próprio bem, e é nessa hora que é repudiada. Os astutos elaboram sofismas sutis e falam de louváveis motivos superiores ou de razões de Estado. Mas o homem realmente leal considera a dissimulação uma espécie de traição e preza mais ser firme do que ser sagaz. E se encontra sempre ao lado da verdade. Se diverge dos outros, não é devido à sua inconstância, mas porque os outros abandonaram a verdade."
Baltasar Gracián
A ARTE DA PRUDÊNCIA
Paulina Tarot
"Esteja sempre ao lado da razão e com tal firmeza de propósito que nem a paixão comum, nem a tirania o desviem dela. Poucos cultivam a integridade, muitos a louvam, mas poucos a visitam. Alguns a seguem até que a situação se torne perigosa. Em perigo, os falsos a renegam e políticos a simulam. A razão não teme contrariar a amizade, o poder e mesmo o seu próprio bem, e é nessa hora que é repudiada. Os astutos elaboram sofismas sutis e falam de louváveis motivos superiores ou de razões de Estado. Mas o homem realmente leal considera a dissimulação uma espécie de traição e preza mais ser firme do que ser sagaz. E se encontra sempre ao lado da verdade. Se diverge dos outros, não é devido à sua inconstância, mas porque os outros abandonaram a verdade."
Baltasar Gracián
A ARTE DA PRUDÊNCIA
21 de novembro de 2009
OS 100 ANOS DE RIDER-WAITE E AS JÓIAS DE PAMELA SMITH

Stuart Kaplan conseguiu. Depois de anos de dedicação à obra de Waite e fixação pela artista que concebeu o seu baralho, o dono da U.S. Games acabou de lançar uma caixa de jóias contendo o original do tarô mais copiado que existe. E não é pra menos, pois foi feito um estojo de luxo recheado de raridades para os colecionadores e fãs dessas cartas tão difundidas em todo o mundo, com direito a postais, retratos e livros.
O box comemora o centenário do tarô idealizado por Arthur Edward Waite e desenhado por Pamela Smith que aqui é rebatizado, com justeza, de Smith-Waite. A versão que consta é a mais antiga, com suas cores originais. Um livro de arte foi criado para registrar as contribuições de Smith ao mundo das artes gráficas por meio de revistas, cartazes, telas e pôsteres coletados ao longo de décadas. Sua notícia biográfica, também garimpada com esforço por Kaplan, assume o interesse de Smith pelo ocultismo, pelo folclore e pelas evoluções artísticas do seu tempo.
O dedicado colecionador também reserva espaço suficiente para o Waite relançando o seu dispensável The Pictorial Key to the Tarot, uma edição bem fiel à original. Um tarô e dois livros numa caixa de luxo. Uau!
Mas não, ainda não acabou. Se um livro de arte exclusivo de Lady Smith não é suficiente, há também seis cartões postais de suas magníficas pinturas, muitas delas para divulgar peças inspiradas em Shakespeare; três cartões maiores com outras telas, um retrato emoldurado da foto mais famosa que se conhece de Smith e um encarte com três métodos de leitura tradicionais.
O que mais me atraiu na "nova" versão do deck, no entanto, foi o aspecto de sujo ou manuseado por muitos, que deixa nítidos os verdadeiros traços da artista sem cores muito chamativas. O cinza, o amarelo e o verde que predominam em todos os naipes e o tom de azul que se destaca n'O Eremita lembram as composições de velhos gibis, como destacou muito bem a taróloga Solandia do Aeclectic Tarot em sua resenha. O verso das cartas traz esse azul antigo tão gradável aos olhos, a assinatura de Smith nas extremidades e a rosa que A Morte carrega em sua bandeira negra. Ah, ainda um outro presente: um saco de organdi na cor azul clara combinando com o verso do baralho que, finalmente, a editora considerou digno para um projeto desse porte.
7 de novembro de 2009
PASSAGEM
31 de outubro de 2009
17 de outubro de 2009
A MULHER E O LIVRO

Woman Reading, 1890. National Media Museum, Kodak Gallery
Me desculpem os high-techs, mas A Papisa tem um livro no colo. Precisa dele. E o que há naquelas páginas? Pouco importa agora. O que vale é saber do objeto. O que vale é o livro.
Bibliotecas, salas de leitura, livrarias e sebos são alguns dos meus lugares favoritos. O universo do livro me atravessa. A imagem, os formatos, as capas, os miolos. E mulheres lendo, além de um vasto primor no mundo das artes plásticas e da fotografia, sempre agradam aos meus olhos. Sou suspeito — no baralho, eu pego a tal sacerdotisa, sempre ornada com luas aos pés e turbantes enfeitados, e dirijo a visão direto às suas mãos. O livro, o livro.
Nas antigas imagens medievais e renascentistas, vejo ornamentos e detalhes essenciais aos pintores que as conceberam. Giotto e tantos outros sabiam que o livro emprega um simbolismo mais complexo que um vaso de flores, que geralmente tinha a intenção de honrar uma cidade, por exemplo. Uma pessoa lendo um livro, de qualquer idade e em qualquer situação, não só descreve como aumenta a sua grandeza. Repare. A sabedoria impressa é sedutora. Se um livro te comove porque é toca na sua humanidade. Apruma a visão e sofistica a manutenção da vida.
Em Florença, pude ver a grandeza do livro em inúmeras telas. Algumas de forma exagerada, com grandes calhamaços próximos às damas e em outras de maneira discreta, como no caso de Simone Martini em sua Anunciação: a Virgem talvez mais sábia que o arcanjo lhe trazendo o ramo de oliveira. Alguém lendo ou ao menos portando um livro cria metonímias nas quais o leitor passa a ser pincelado pelas páginas, tomando o cenário por essa simples atitude.
A Papisa, sabemos, não está voltada às paginas no momento da foto primordial do Tarô. Ela acalenta o livro. Tem domínio sobre ele porque é uma extensão de si própria. Essa mulher pode muito bem ser uma fidelíssima servidora da Sabedoria, antiga deusa destronada e sempre oculta no raciocínio dos verdadeiros simples e pretensos eruditos. A donzela, a mãe e a anciã do arcano II dialogam, meditam sobre e comungam com Ela.
Assim como tantos gostariam de saber de fato qual livro Hamlet segura, eu gostaria de saber qual é o livro da grande bruxa dos Maiores. Se bem que pouco importa, confesso. E não me venha com a Torat ou o Yin-Yang de Wirth. Palavras, palavras e palavras, Polônio. A leitura é sagrada, eu sei. Mas A Sacerdotisa é o livro, mais que sua fé, suas intimidades e seus sacramentos. E se está logo no segundo quadro desse museu nômade da vida, é porque a dica está bem clara. Basta lê-la.

Marilyn Monroe por Elliott Erwitt, 1955

Marilyn Monroe por Elliott Erwitt, 1955
Aliás, o simples saber, querer, ou tentar ler nos confere um pouco de Papisa. Todos que se sentam confortavelmente (ou nem tanto) para degustar algumas páginas herdam o ritual silencioso do arcano. É exatamente isso que a torna imortal entre as côrtes e as alegorias vizinhas. E ao redor se engendra o silêncio, a mais bela canção do mundo.
Boas leituras.
L.
8 de outubro de 2009
A(S) NOVA(S) CARTADA(S) DE MUTARELLI

E lá fui eu, na última terça-feira, até a Livraria da Vila da Fradique em São Paulo: lançamento de Miguel e os Demônios, novo livro de Lourenço Mutarelli - autor e ator de O Cheiro do Ralo. Foi também o relançamento de O Natimorto pela Companhia das Letras, romance - ou musical silencioso - em que o personagem associa as imagens dos maços de cigarros às cartas do tarô.
Conversei com ele sobre o oráculo e ele me revelou: "estudei bastante o tarô pra escrever e desenhar O Dobro de Cinco", graphic novel lançada pela editora Devir e vencedora do prêmio HQ Mix. ''Comecei a ver os cartas em tudo, na rua, nas imagens. É fantástico o poder desses arquétipos''.


O que me impressionou, além de Mutarelli também sofrer dessa mania, foi o mais que perfeito trabalho gráfico das edições, que agradam de verdade. Não deu tempo de falar que o livro, de certa forma, é um marco na literatura do tarô por dar a ele destaque e importância na sua trama genial. Mas tudo bem, isso eu deixo para as futuras resenhas.
Valeu, Mutarelli.
Sucesso.
L.
_______________________________
sobre os livros > Companhia das Letras
sobre o filme O Natimorto> Sobre café, cigarros e cartas de tarô
5 de outubro de 2009
MATISSE,TAROT E FOTOGRAFIA EM SÃO PAULO

Matisse desenhando uma odalisca, 1928.
Museé départemental Matisse, Le Cateau-Cambrésis.
Domingo é sempre dia de descanso, de passeio, de sol. Nessa onda de fotointerpretações se destacando em Salvador, arrisquei um novo poema. Acordei meio artista [e sei que isso não passa] e me programei pra visitar a Pinacoteca da estação da Luz. Matisse Hoje, mais uma exposição do convênio Ano da França no Brasil, vem ilustrar a programação artística do nosso país. Perfeito.
Um dos meus favoritos, ao lado de Van Gogh e Frida Kahlo, Matisse encanta fácil. Nessa mais que merecida mostra individual, que traz inúmeros de seus trabalhos, destaca-se Jazz. É nesse livro de recortes e colagens animados com guache que Matisse traduz os jogos de sons ritmos desse estilo musical. Completo por experimentar as artes visuais e plásticas em vários formatos e modalidades, Matisse se destaca por beber de fontes importantes como Cézanne e por adotar o Fauvismo como chave e motivo da sua riqueza de detalhes e cores. Chega a oferecer influências para a decoração e a inspirar os amantes do espaço harmonizado por móveis, plantas e tecidos.
Um dos meus favoritos, ao lado de Van Gogh e Frida Kahlo, Matisse encanta fácil. Nessa mais que merecida mostra individual, que traz inúmeros de seus trabalhos, destaca-se Jazz. É nesse livro de recortes e colagens animados com guache que Matisse traduz os jogos de sons ritmos desse estilo musical. Completo por experimentar as artes visuais e plásticas em vários formatos e modalidades, Matisse se destaca por beber de fontes importantes como Cézanne e por adotar o Fauvismo como chave e motivo da sua riqueza de detalhes e cores. Chega a oferecer influências para a decoração e a inspirar os amantes do espaço harmonizado por móveis, plantas e tecidos.

Capa do livro Jazz, de Matisse.
Disponível para apreciação na Pinacoteca.
Por falar em inspiração, é impossível deixar passar batido o meu apreço por suas pinturas e também pelas fotografias de sua casa e de suas oficinas. Acabei lendo as imagens e associando-as à minha galeria interior, onde estão expostas grandes painéis de arcanos e suas mil combinações. E eis que na internet, fui assegurar que uma imaginação é realidade: um tarot de Matisse.

Matisse Tarot, de Jason Long. Tiragem limitadíssima.
Mas descendo as escadas da mansão , dou de cara com as exposições permanentes. Entre as fotografias de German Lorca, encontro as do português Fernando Lemos. É aí que o tarot se materializa depois de meus passeios pelos bosques de tinta e papéis combinados.
Auto-Retrato, 1949-1952
Um retrato do Pendurado, uma mesa com café e cadernos de desenho, lapidações de Brecheret e a imponência arquitetônica e artística de dois séculos: perfeito para um domingo perfeito. Olhos abertos, livres e repletos de matizes.
Leo

MATISSE hoje | aujourd´hui
Pinacoteca do Estado de São Paulo De 5/09 a 1/11
Aberta de terça a domingo das 10h às 17h30 | permanência até as 18h.
Ingressos: R$6,00 e R$3,00 (meia). Grátis aos sábados.
www.pinacoteca.gov.br
Mas descendo as escadas da mansão , dou de cara com as exposições permanentes. Entre as fotografias de German Lorca, encontro as do português Fernando Lemos. É aí que o tarot se materializa depois de meus passeios pelos bosques de tinta e papéis combinados.

Auto-Retrato, 1949-1952
Um retrato do Pendurado, uma mesa com café e cadernos de desenho, lapidações de Brecheret e a imponência arquitetônica e artística de dois séculos: perfeito para um domingo perfeito. Olhos abertos, livres e repletos de matizes.
Leo

MATISSE hoje | aujourd´hui
Pinacoteca do Estado de São Paulo De 5/09 a 1/11
Aberta de terça a domingo das 10h às 17h30 | permanência até as 18h.
Ingressos: R$6,00 e R$3,00 (meia). Grátis aos sábados.
www.pinacoteca.gov.br
26 de setembro de 2009
ARTE E TAROT NA BAHIA

Minhas três interpretações da carta de rompimento que Sophie Calle recebeu do escritor Gregóire Boullier, o então X, foram selecionadas para encabeçar a exposição cuide de você de Salvador. Neste link você confere todas as obras escolhidas. Foi anunciado que seriam 20, mas no fim foram 34. Abaixo, se você ainda não viu, vai a imagem do Torre de Nós, que aqui você vê na íntegra com o poema que escrevi.

Valeu pelos elogios e comentários!
Axé! E cuide-se.
Leo
20 de setembro de 2009
O PENSAMENTO TAROLÓGICO de Alejandro Jodorowsky

Jodorowsky com as cartas de Marilyn Manson na mesa.
7 de setembro de 2009
ARCANOS PELO MUNDO #3
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